quinta-feira, 28 de agosto de 2014

"Facts" Greve em Mauá pega passageiros de surpresa

Greve de ônibus em Mauá gera caos na volta para a casa. Após mudanças nos transportes ocasionadas pela prefeitura, funcionários de empresa de ônibus foram demitidos e companhia não pagou verbas rescisórias.
Ônibus articulado da Viação Cidade de Mauá teve um dos pneus furado na saída do Terminal Central de Mauá na tarde desta quinta feira, 28. Foto: Grupo T.R.A..
ADAMO BAZANI – CBN
Situação muito complicada para os moradores de Mauá, na Grande São Paulo, no início desta noite por causa da greve de motoristas e cobradores de ônibus na cidade.
Como grande parte dos moradores de Mauá precisa trabalhar em São Paulo ou em Santo André, passageiros que chegam pelos trens da CPTM não encontram ônibus municipais e têm grandes dificuldades no retorno para a casa.

O trânsito na cidade está complicado em vias de maior movimento, não há táxis suficientes e já podem ser vistos veículos de lotação e até carros de passeio clandestinos disputando os passageiros que não contam com serviços de ônibus.

Pelo menos 110 mil pessoas estão sendo prejudicadas no horário de pico.
Motoristas e cobradores de ônibus da Viação Cidade de Mauá, que opera 17 das 49 linhas municipais, cruzaram os braços. Ônibus intermunicipais do mesmo grupo empresarial, de Baltazar José de Sousa, também estão sem operar. São veículos da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André e da Viação Ribeirão Pires.

Os problemas dos transportes em Mauá se agravaram depois de a prefeitura ter descredenciado as duas antigas operadoras por supostas consultas indevidas ao sistema de bilhetagem eletrônica. O descredenciamento não foi unânime dentro da própria prefeitura e é contestado judicialmente.

Das duas empresas descredenciadas, a prefeitura de Mauá só retirou de vez uma delas, a Leblon Transporte de Passageiros, que não fazia parte de grupos empresarias de ônibus do ABC. A companhia pagou todas as rescisões, de acordo com o Sintetra, sindicato dos rodoviários.
Já a Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Sousa, é retirada aos poucos desde dezembro do ano passado.

Depois da colocação da empresa contratada pelo prefeito Donisete Braga (PT) e pelo ex-secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio (PT), Suzantur, os funcionários da Viação Cidade de Mauá foram demitidos, mas nem todos receberam as verbas de rescisão, o que motiva a greve.

Outra paralisação ocorreu no dia 11 de agosto. A prefeitura intermediou um acordo entre o empresário Baltazar José de Sousa e o Sintetra, mas não houve sucesso, resultando nesta outra greve.
Os passageiros foram pegos de surpresa, já que os serviços foram interrompidos no início da tarde.
Muita gente saía dos trens sem saber o que ocorria com os ônibus de Mauá.

A Suzantur, que foi declarada vencedora pela prefeitura na licitação dos transportes, não está em greve, mas com o fechamento do terminal central e com medo de represálias recolheu todos os ônibus, prejudicando também a população.
Uma reunião entre sindicato e prefeitura tenta ainda nesta noite outro acordo.
 
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
 
 
+ informações futuramente!

"Busologia Mauá, informações e GTA da cidade!"

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