Para a Justiça do Trabalho, 80% dos ônibus devem atender a região nos horários de pico. Funcionários da CPTM decidiram manter greve e devem intensificar as manifestações.
A Justiça do Trabalho determinou que 80% dos ônibus, tanto municipais como intermunicipais que servem o ABC Paulista, prestem serviços nos horários de pico tanto da manhã como da tarde. Fora desta faixa de horário, a frota pode ser menor, mas a população não deve ficar totalmente sem ônibus, de acordo ainda com liminar ganha pelas empresas de transportes da região.
O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do ABC, representados pelo Sintetra, decidiu em assembleia, realizada na sede da entidade na Vila Assunção, bairro nobre de Santo André, que a greve iniciada nesta quarta-feira continue nesta quinta-feira dia 02 de maio de 2011.
A liminar tem o objetivo de igualar a oferta de transportes entre todas as cidades da região, já que, por ser uma área conturbada e de grande relação entre os municípios, muitos passageiros que pegam ônibus numa cidade dependem na mesma viagem dos ônibus nos outros municípios.
Por causa do movimento dos motoristas e cobradores, a oferta de transportes foi diferente entre as sete cidades da região.
Em Diadema, houve um acordo com a Prefeitura e os ônibus logo nas primeiras horas voltaram a operar normalmente.
A Metra, que é responsável pelos serviços no Corredor ABD, que liga São Mateus, na zona Leste de São Paulo, ao Jabaquara, na zona Sul da Capital Paulista, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema chegou a colocar 75% da frota de trólebus e ônibus neste corredor e na extensão entre Diadema e Berrini (zona Sul de São Paulo).
Mas no início da noite, atos de vandalismo e manifestações obrigaram a empresa a recolher os veículos.
Em alguns casos, os passageiros tiveram de descer no meio da viagem. Houve agressões contra motoristas.
Cerca de 90% dos ônibus da Vipe, Viação Padre Eustáquio, de São Caetano do Sul, ficaram nas garagens. A empresa é a única que presta serviços municipais em São Caetano.
Em São Bernardo do Campo, 80% dos ônibus da SBC Trans, concessionária que opera com exclusividade na cidade, ficaram retidos na garagem.
Em Ribeirão Pires parte dos ônibus da Rigras saiu para as ruas, mas alguns tiveram de ser recolhidos por conta do vandalismo.
O mesmo ocorreu em Santo André. A Viação Vaz, uma das 6 empresas municipais, por exemplo, chegou a operar 30 ônibus, mas teve de recolher depois de ter 10 ônibus que foram alvos de depredação.
Em Rio Grande da Serra, os ônibus da Talismã circularam, mas não com a frota normal.
Em Mauá, a paralisação foi de 100%. As duas empresas operadoras, Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros, não retiraram os carros das garagens, que sempre eram acompanhadas por sindicalistas.
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| Garagem da Leblon no primeiro dia de greve! Foto: Diego Vieira. |
Os motoristas e cobradores reivindicam 15% de aumento e as empresas de ônibus oferecem 8% de reajuste salarial.
Atualmente, os motoristas de ônibus do ABC ganham R$ 1890,00 e o salário dos cobradores é de R$ 1096,00.
Os outro pedidos feitos pela categoria foram concedidos pelos empresários. A Participação nos Lucros e Resultados, o sindicato patronal ofereceu aos motoristas e cobradores o valor de R$ 450. Para aqueles profissionais que dirigem e cobram, além do valor fixado (R$ 450), haverá bonificação adicional de R$ 1.500.
O direito ao tíquete-refeição durante as férias também foi aceito pelos empresários, passando de R$ 300 para R$ 330.
Texto: Adamo Bazani, Jornalista da CBN - Blog Ponto de Ônibus.
CPTM:
Também em assembleia nesta quarta-feira (1º), o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, responsável pelos funcionários das linhas 7 (Luz - Jundiaí, no interior de São Paulo) e 10 (Luz - Rio Grande da Serra, no ABC) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), decidiu cruzar os braços a partir da 0h desta quinta-feira (2). O sindicato aguardava para esta quarta-feira uma nova proposta de reajuste por parte da empresa, o que acabou não acontecendo, levando os trabalhadores a decidirem pela greve.
Outros dois sindicatos de funcionários da CPTM decidiram no início da noite desta quarta-feira darem continuidade à greve que paralisou parte do sistema de transporte ferroviário da Grande São Paulo. A paralisação afetou principalmente passageiros da Zona Leste de São Paulo nesta quarta.
Segundo a CPTM, a paralisação prejudicou totalmente a circulação de trens na Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) e a extensão da Linha 11-Coral, no trecho entre Guaianazes e Estudantes, em Mogi das Cruzes. A greve afetou 400 mil pessoas. Além disso, a Linha 8 (Osasco - Grajaú), que funcionou parcialmente por decisão judicial nesta quarta-feira, também deverá ser totalmente paralisada nesta quinta-feira.
Os representantes dos sindicatos dos funcionários da CPTM aguardam um convite oficial para uma reunião às 9h desta quinta com o secretário estadual dos transportes, Jurandir Fernandes, para discutir a greve. Às 11h, haverá uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho.
Três dos quatros sindicatos dos funcionários da CPTM rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 3,07% oferecido pela companhia. A categoria reivindica um aumento de 8,32%.
Resumindo, amanhã terá greve novamente nos ônibus da região, a Justiça do Trabalho declarou frota mínima, mas depedendo da situação, nem isso será feito, por causa de vandalismo! Pontanto, isso vai variar de cidade para cidade. E na CPTM, a Linha 10-Turquesa estará em greve! Juntando-se as outras linhas que estiveram nessa quarta feira! E Metrô poderá ter também na Sexta Feira! Vamos ver no que vai dar!
"Thiago de Souza, Busólogo e usuário de transporte coletivo!"
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