sábado, 9 de fevereiro de 2013

"Facts" O que será que vai acontecer? [Prefeitura tenta beneficiar Estrela de Mauá e novas fotos da Princesinha]

Novo modelo de transporte deve beneficiar Viação Estrela de Mauá, impedida pela Justiça de operar e novos registros da garagem da Princesinha.
Com a separação da garagem, de um lado fica os ônibus da Viação Estrela de Mauá, no outro ficam os ônibus da E.A.O.S.A., Viação Cidade de Mauá e desativados do grupo BJS.
Olá pessoal que acompanham o "Facts"
Hoje trago dois assuntos em um mesmo "O que será que vai acontecer?".
Depois de um longo tempo sem trazer novas fotos da garagem da Princesinha, hoje trazemos algumas fotos que deu para tirar durante essa semana:
Três bandeiras que foram colocadas no mês de janeiro no lado da Viação Estrela de Mauá.
Caio Foz (VCM), Caio Piccolo (E.A.O.S.A.), Caio Piccolino (EUSA) e Marcopolo Senior 2000 (Ex-Manaus)  que foram desativados.
Alguns desativados, como o Maxibus Dolphin da E.A.O.S.A., Apache S21 da ETCD e um da Riacho Grande.
No meio desses desativados, três Urbanuss ex-Restinga, três Caio Foz recém pintados no padrão EMTU e um Torino 1999 ex-Manaus pintado de branco e sem as duas portas no lado do motorista,
Desativados e recém pintados.
Vista parcial da garagem.
Detalhe para o muro que separa a garagem o Marcopolo Torino 1999 Articulado, que ainda está nas cores da empresa que ele operava em Manaus e um detalhe: ele ainda possui os vidros selados, como mostra a imagem a seguir:
O outro assunto que iremos abordar é sobre uma nova tentativa da prefeitura de Mauá em colocar a Viação Estrela de Mauá nas ruas:

Tiago Oliveira

As empresas de ônibus que operam em Mauá serão convocadas pelo prefeito Donisete Braga (PT) para uma reunião após o Carnaval. O objetivo é discutir o novo modelo de transporte coletivo que a gestão quer adotar na cidade.

A proposta do prefeito deve resultar na participação de mais empresas. Hoje, operam no município a viação Cidade de Mauá e a Leblon. Cada uma é responsável por um dos dois lotes em que é dividido o transporte municipal. Na prática, a medida deve abrir as portas para a volta da Estrela de Mauá. A viação está impedida pela Justiça de operar o lote dois, sob responsabilidade da Leblon.

A ideia é extinguir os atuais lotes, convocar mais empresas para oferecer o serviço,  e criar uma autarquia para gerenciar o sistema, a Mauá Trans.
“Hoje tem dois lotes. O ideal seria ter somente um lote, redefinir as linhas e organizar um novo modelo”, defende o prefeito Donisete Braga. “Depois do Carnaval quero fazer um debate com as empresas para saber que tipo de situação que nós podemos fazer para destravar de uma vez por todas”.

O novo modelo é visto pela atual gestão como uma alternativa para resolver a briga judicial entre Estrela de Mauá e Leblon sobre a operação do lote dois. O objetivo da Prefeitura é que o novo modelo passe a funcionar ainda neste semestre, o que afasta a hipótese de nova licitação. “Uma licitação é muito demorada”, avalia o prefeito.

FONTE: http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/43879/Donisete+quer+acordo+entre+empresas+de+onibus

Depois da divulgação dessa matéria, confira o texto escrito pelo nosso colega e repórter Adamo Bazani a respeito:

ADAMO BAZANI – CBN
A medida claramente deve beneficiar a empresa Viação Estrela de Mauá que, segundo a Junta Comercial de São Paulo, foi criada pelo empresário Baltazar José de Sousa. Em 2008, para desconfigurar o monopólio foi passada para os nomes de Anísio Bueno e Anísio Bueno Júnior, e em 11 de julho de 2012, começou a ser controlada por David Barioni Neto, curiosamente, dois dias antes de ser assinado um contrato que a credenciaria no lugar da Leblon Transporte no lote 02. Este contrato foi considerado ilegal pela Justiça e derrubado logo em seguida.

Não bastasse isso, no final do ano, em 27 de dezembro, a Prefeitura de Mauá insistiu em colocar a Estrela de Mauá em operação e assinou uma ordem de serviço que dividia o lote 02 com a Leblon, enquanto o Lote 01, da Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, vive às moscas carecendo de qualidade.

A manobra foi feita nas férias do judiciário. Quando a Justiça voltou, viu que a atitude, ainda na época do prefeito Oswaldo Dias, desrespeitava determinações judiciais e mandou a Estrela parar de operar. Apesar da ordem que deveria ser cumprida pela Prefeitura, os ônibus de David Barioni só voltaram à garagem depois de a Polícia Militar ser chamada.
Agora vem o prefeito Donisete Braga com esta afirmação.

A Leblon, por mais problemas que ela ainda tem em sua operação, trouxe avanços para a qualidade dos transportes e foi a única empresa a quebrar um monopólio que durou mais de 30 anos e que não era benéfico à população.

As perguntas que ficam:
Por que tanto interesse em beneficiar a Estrela de Mauá?
Há uma força oculta, além mesmo do próprio Baltazar por trás dela?
Se há uma disputa judicial entre as empresas Estrela e Leblon, por que não deixar a Justiça resolver a questão, como se faz em todo Estado Democrático de Direito?

A disputa, ao visto não tem interferido em projetos para a cidade. A bilhetagem continua, a integração com a CPTM foi anunciada por Donisete Braga, as linhas podem ser mudadas, etc.
E não seria melhor a prefeitura poupar esforços na briga e ajustar a estrutura que já está em vez de criar e inventar novos modelos de lotes? Isso deve gerar novas contestações que podem atrasar ainda mais os transportes de Mauá. Afinal, para a população o que importa é ônibus novo, que cumpra horário e com motorista que trate o passageiro como ser humano.

Qual o motivo de a prefeitura querer se envolver numa briga judicial em prol de um ente privado? Melhoria nos transportes? Ora, não precisa envolver-se em briga judicial. Fiscalize de fato e igualmente as duas empresas e faça sua parte, pavimentando melhor as vias, gerenciando o trânsito (problemas que atrasam os ônibus) e reformando um terminal que chega a beirar a indignidade.

Donisete diz que quer fazer um acordo após o Carnaval, mesmo sem licitação. Mas pode? Não é possível, com exceção de casos de emergência e calamidade, contratar serviço de caráter público sem licitação. Isso pode gerar benefício para um grupo empresarial específico e contraria a lei.
Nova Licitação? Para que? A licitação atual foi validada pela Justiça e a própria prefeitura se gabou disso em 2010.

E diante deste histórico de tentativas de colocar a Estrela de Mauá, qual a possibilidade de um edital ser direcionado?
Por que tanta insistência?
Há uma força oculta por trás da Estrela de Mauá que não aparece nos jornais?

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Agora é só esperar para ver o que irá acontecer, pois pelo jeito iremos ter muitos capítulos a respeito!

+ informações futuramente!

"Busologia Mauá, informações e GTA da cidade!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário