quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Facts" Dois lados do transporte municipal de Santo André

Falta de ônibus com acessibilidade e GPS no tranporte de Santo André, fatos que estão acontecendo!
Caio Foz Super II da Expresso Guarará, um de vários ônibus que tem acessibilidade e terá monitoramento via GPS.
Hoje o "Facts" retrata dois fatos que aconteceram nessa semana em Santo André, e foi publicado no Blog Ponto de Ônibus, do nosso parceiro Adamo Bazani.
São dois assuntos importantes, como a implantação de monitoramento via GPS, e falta de ônibus com acessibilidade. A seguir, trechos importantes de cada assunto:


A SA-TRANS ampliou o monitoramento de ônibus em Santo André e conta agora com um sistema de gerenciamento eletrônico de transportes coletivos. O mecanismo permite uma otimização no serviço prestado, a partir de melhorias em aspectos como operação, planejamento, fiscalização e informação ao usuário.

Desde esta quinta-feira, dia 09 de fevereiro de 2012, o monitoramento da frota via GPS (Sistema Global de Posicionamento, na sigla em inglês) foi efetivamente adotado. Em teste desde dezembro do ano passado, a ferramenta permite à gestora e às empresas subconcessionárias a detecção de anormalidades e a alocação de carros nas linhas, facilitando procedimentos diários de liberação e substituição de veículos, além de agilizar medidas de caráter corretivo.

O início das atividades foi acompanhado pelo prefeito Aidan Ravin. Ele diz que futuramente será possível informar ao passageiro o quanto o ônibus vai demorar.
“Toda queixa será monitorada e respondida com maior rapidez. A partir do monitoramento, será possível evoluir a prestação de serviços a ponto de informar aos passageiros o tempo de espera do ônibus, deixando-os mais confortáveis”, pondera.

O novo sistema consolida todos os dados, permitindo acompanhar, em tempo real, a velocidade atingida, o intervalo entre os veículos, o tempo de ação, a previsão de chegada dos ônibus nos pontos, além de mostrar o tipo de carro que está em operação.
Como funciona

O Centro de Controle Operacional (CCO), montado dentro da SA-TRANS, conta com dois computadores e quatro monitores em LCD, fiscalizados por técnicos durante todo o período de funcionamento das linhas. Na tela, o sistema de gerenciamento acompanha todas as 48 linhas cadastradas e aponta quando o carro está dentro do horário, adiantado ou atrasado. O monitoramento ocorre por meio de aparelhos GPS instalados em todos os carros da frota.

O monitoramento da frota via GPS vai conferir excelência ao serviço prestado pelas empresas de transporte público no município, segundo a SATrans. A Prefeitura de Santo André, por meio da SA-TRANS, planeja utilizar a ferramenta para informar ao usuário o tempo de espera de cada linha de ônibus. A comunicação será feita pela internet, em painéis eletrônicos e via SMS (Short Message Service, na sigla em inglês).

Link da Matéria completa: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/02/09/onibus-de-santo-andre-contam-com-gps/

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Quem possui algum tipo de limitação para se locomover e precisa usar ônibus em Santo André, na Grande São Paulo, muitas vezes enfrenta uma dura rotina, marcada por humilhação, constrangimento e perda de tempo.

A reportagem acompanhou uma mãe que precisa levar o filho que necessita de cadeira de rodas à escola todos os dias de ônibus e constatou que a situação não é nada fácil.
Renata Aparecida Oliveira mora no Jardim Cristiane e seu filho estuda na EEPSG Dr. Luiz Lobo Neto, no Bairro Paraíso. Os dois bairros são praticamente vizinhos, mas às vezes Renata e o filho levam mais de uma hora para conseguirem ir de casa para a escola e vice e versa.
Tudo por conta da falta de acessibilidade nos transportes públicos em Santo André.

Quando não faltam ônibus com equipamentos, como elevadores, os motoristas não param no ponto, quando param, os elevadores apresentam defeitos.
E foi o que constatou a reportagem que ficou no ponto de ônibus da Rua Jabaquara, no bairro Paraíso, ao lado de Renata, na calçada da escola.
“Ta vendo este ônibus moço? Eu não posso pegar com meu filho porque nenhum desta linha tem elevador” – disse Renata.
Caio Apache VIP I Mercedes Benz OF-1722M, da Viação Guaianazes.   Foto: Diego Leão.
Ela se refere a linha T 15. Não há nenhum ônibus adaptado nesta linha, apesar de ironicamente ela ter ponto final num dos hospitais de referência do ABC Paulista: o Hospital Estadual Mário Covas. Outra linha a I 08 também passa pelo Hospital, mas nenhum ônibus é adaptado.
Marcopolo Senior Midi Mercedes Benz OF-1418, da Tranporte Coletivo Parque das Nações.   Foto: Tiago Liberato
A única linha de ônibus que serve esta e outras unidades de saúde que possui elevador nos carros é a B 63, que também passa pela escola onde o filho de Renata freqüenta.
“Tem motorista que é humano, mas outros, me veem com o meu filho na cadeira de rodas e passam direto” – denunciou Renata.
Comil Svelto Midi Mercedes Benz OF-1418, da Viação Vaz.   Foto: Tiago Liberato.
E mesmo quando chega um ônibus com elevador, ainda não há garantia de o portador de deficiência física e a pessoas que o acompanha serem transportados com dignidade.

Depois de cerca de 20 minutos de espera, chegou um ônibus adaptado. O veículo era do tipo micrão, daqueles que são maiores que micro-ônibus e não têm cobradores. O ônibus estava lotado com pessoas disputando espaço em pé dentro do micrão.

A Viação Vaz, que opera a linha B 63, não costuma acionar a porta do meio com elevador para o embarque e desembarque de passageiros que não precisam usar cadeira de rodas, mesmo havendo esta possibilidade. Usuários sem necessidade de apoio só usam a porta dianteira e a traseira. Mesmo todo este cuidado com a porta do meio, o elevador não funcionou corretamente.
Foram necessários cerca de dez minutos para colocar o estudante dentro do ônibus.
Quando o elevador foi acionado, a rampa para a cadeira não encostou de maneira correta no chão, com as extremidades não se dobrando como o projetado.

O motorista e a mãe do garoto tiveram de pegar a cadeira nas mãos para colocar sobre o elevador.
Após o equipamento ter subido e o garoto embarcado, a mãe estava ainda do lado de fora. Isso porque o elevador travou e não queria descer mais. O motorista teve de forçar com os pés para a plataforma voltar ao normal.

Neste tempo todo, um outro ônibus da mesma linha veio e ultrapassou o carro que deveria estar na frente.
Uma operação simples de embarque de usuário de cadeira de rodas representou constrangimento, atrasos e violação dos direitos de quem é portador de necessidade especial.

Segundo a Prefeitura de Santo André, a cidade possui 407 ônibus, sendo que 97 desta frota têm equipamentos de acessibilidade.

Link da Matéria completa: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/02/09/portadores-de-deficiencia-humilhados-nos-transportes-de-santo-andre/

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


+ informações futuramente!

"Busologia Mauá, informações e GTA da cidade!"

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